Bárbara Sabino

Babi Sabino: ela também é atriz.
Foi cursando biomedicina na Faculdade ASCES que Babi, como é chamada, teve contato com o teatro, no Grupo de Teatro da ASCES - GTA . Em paralelo, ela cursou o técnico em enfermagem. Em 2017 ela começou a cursar História na UFRPE, campus Gravatá e na faculdade, participou do grupo de teatro. Em 2018 ela entrou pro TEA - Teatro Experimental de Arte, em Caruaru, onde ficou até o meio deste mesmo ano. Em outubro, ainda em 2018, Bárbara foi convidada pelo também ator, Jackson, para trabalhar profissionalmente com teatro. O convite era estrear a peça infantil Os Três Porquinhos, na cidade do Rio De Janeiro. Ela deixou o trabalho e foi simbora. “Que lindo. Meu sonho. E fui. Eu costumo fazer essas coisas. Tenho um sonho e mergulho de cabeça”. Foi também quando ela passou a morar na Casa Teatro, no bairro Santa Rosa, com mais pessoas da Trupe Veja Meu Bem, responsáveis pela produção dos 3 Porquinhos, que ainda está em cartaz até hoje, tendo feito apresentações em temporadas em Caruaru e no Teatro Arraial, Recife. Em 2019 ela participou do TEA o ano todo, tendo feito parte das 2 finalizações. “Eu tava na produção do Auto da Compadecida e queria muito fazer parte do elenco”. Acabou dando certo e ela encenou João Grilo. Ainda em 2019 ela entrou no curso de iniciação teatral do SESC, apresentando Democracia no FESTIC, que ganhou o prêmio de melhor espetáculo. O espetáculo dos 3 Porquinhos também foi apresentado e Bárbara ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante. Bárbara também desempenha outros papéis no teatro, como produção e iluminação.

A pandemia do COVID-19 mudou algumas coisas: “Fez com que eu me situasse no mundo e tomasse várias decisões”. Ela conta que está nos ensaios para suas duas últimas participações em peças e diz que a sua intenção é voltar para a área da saúde.

“O teatro salvou a minha vida (...) Eu me descobri, descobri quem eu sou, meu lugar no mundo. Descobri muitas pessoas maravilhosas e sobre os meus próprios sentimentos e como lidar com eles (...) O teatro é um trabalho diferente dos trabalhos comuns, usuais, que todos conhecem e dão valor, porque no teatro não há essa valorização, mas é um trabalho que *lhe* preenche tanto, *me* preenche tanto (...) A gente consegue contar nos dedos os artistas de Caruaru que conseguem viver com o seu trabalho apenas na arte”.

Dois projetos ainda serão concluídos por Bárbara. O Barquinho, um monólogo e um projeto de pesquisa sobre a história do teatro caruaruense.

“A arte vem pra isso: pra salvar a gente de nós mesmos”.

A casa da minha mãe é cheia de fotografia. Sempre foi. Lembro de uma tábua na parede de uma das nossas casas, cheia de fotos coladas. Sempre achei bonito. Me encanto pela possibilidade de dividir com mais pessoas o que meus olhos viram e do jeito que viram. Amo o preto e branco elaborado, a 'selfie' boba e o autorretrato livre. Questiono o uso de vulnerabilidades sociais como palco e sorrio largo quando sem câmera, fotógrafo com os olhos. Tenho dificuldades para explicar velocidade e ISO, sou defensora do uso não sexista da linguagem, da comunicação popular, dos múltiplos saberes e do ócio. Gosto de fotografar gente, mas tenho cada dia menos propriedade sobre as imagens produzidas sobre os outros, que não digam nada deles para além de um retrato. Estou aprendendo e pretendo compartilhar meu aprender pro resto da vida.
Bárbara Conceição